segunda-feira, 23 de março de 2015

Kaspar hauser... a lenda do menino

Kaspar Hauser tornou-se conhecido na Alemanha ao afirmar que havia passado toda a sua vida em uma masmorra, sem contato com humanos, sendo alimentado apenas com pão e água. 


O jovem, supostamente com quinze anos de idade, apareceu em uma praça pública de Nuremberg, em 26 de maio de 1828, com apenas uma carta endereçada a um capitão da cidade, explicando parte de sua história, um pequeno livro de orações, entre outros itens que indicavam que ele provavelmente pertencia a uma família da nobreza. Hauser tornou-se o centro das atenções de Nuremberg e, em pouco tempo, surgiram rumores de que deveria ser o príncipe herdeiro da família real de Baden, no sudoeste da Alemanha, que havia sido roubado do berço em 1812.
Como passou quase toda a sua vida aprisionado numa cela, não tendo contato verbal com nenhuma outra pessoa, não conseguia se expressar em um idioma. Porém, logo lhe foram ensinadas as primeiras palavras e, com o seu posterior contato com a sociedade, ele pôde pausadamente aprender a falar, da mesma maneira que uma criança. Afinal, ele havia sido destituído somente de uma língua, que é um produto social da faculdade de linguagem, não da própria faculdade em si. A exclusão social de que foi vítima não o privou apenas da fala, mas de uma série de conceitos e raciocínios, o que fazia, por exemplo, que Hauser não conseguisse diferenciar sonhos de realidade durante o período em que passou aprisionado.

                             
Entre as idiossincrasias originadas pelos seus anos de solidão, Hauser odiava comer carne e beber álcool, já que aparentemente havia sido alimentado basicamente por pão e água. Aprendeu a falar, a ler e a se comportar, e a sua fama correu a Europa, tendo ficado conhecido, à época, como o "filho da Europa". Obteve um desenvolvimento do lado direito do cérebro notoriamente maior que o do esquerdo, o que teoricamente lhe proporcionou avanços consideráveis no campo da música.
Kaspar Hauser viveu com alguns tutores até ser assassinado com uma facada no peito, em dezembro de 1833, nos jardins do palácio de Ansbach. As circunstâncias e motivações ou a autoria do crime jamais foram esclarecidas, apesar da recompensa de 10.000 Gulden (c. 180.000,00 Euros) oferecida pelo rei Luís I da Baviera para quem pegasse o assassino.
A sua história foi representada no filme de Werner Herzog, "Jeder für sich und Gott gegen alle” (em língua portuguesa) "Cada um por si e Deus contra todos"), de 1974, lançado em português com o título "O Enigma de Kaspar Hauser".
A bibliografia destinada a desvendar a real identidade de Kaspar Hauser é composta por mais de 400 livros e 2 mil artigos. Alguns biógrafos são a favor da teoria do príncipe e outros, de que Hauser era um garoto que foi abandonado na cidade e inventou a história da masmorra para despertar a generosidade alheia.
Para esses historiadores, a história da masmorra não faz sentido, uma vez que o jovem teve um bom desenvolvimento físico e mental, algo que não poderia acontecer vivendo em uma prisão pequena e escura, sendo alimentado todos esses anos apenas com pão e água.
Em relação à sua procedência real, em 1996, a revista alemã "Der Spiegel' patrocinou um exame de DNA para comprovar a história. Uma mancha de sangue na roupa de Kaspar Hauser, guardada em um museu alemão, foi comparada ao DNA da realeza de Baden, e o resultado foi que eles não têm relação.
De acordo com historiadores mais recentes, é provável que Kaspar Hauser tenha sido o filho ilegítimo de alguma família respeitável, criado em alguma fazenda isolada e abandonado na cidade quando os parentes não quiseram mais o manter. Contar uma história fantástica sobre como foi maltratado teria sido uma estratégia para comover as pessoas e conseguir dinheiro, amigos e fama. O escritor Jan Bondeson afirma em seu livro "Os Grandes Impostores" que “a história de Kaspar Hauser tem alguns temas característicos dos contos de fadas tradicionais: o príncipe aprisionado, o ingênuo com poderes extraordinários, o órfão à procura de suas verdadeiras origens. Na literatura e nas artes, Kaspar Hauser adquiriu vida própria”.
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Um dos casos mais misteriosos da psicologia humana se trata da história de Kasper Hauser – um menino que provavelmente teria nascido em 30 de Abril de 1812 em Mittelfranken na Alemanha.
Segundo relatos, foi abandonado em uma masmorra (cela) na zona rural da cidade, e, não tinha nenhum contato físico e verbal com outra pessoa; o que o impediu de se expressar em um idioma e de construir uma figura humana através de símbolos. Exemplo: nós conhecemos uma cadeira, porque nos disseram desde pequeno que o tal objeto é uma cadeira. Porém, se ao contrário fosse dito que seria um cão, assim a chamaríamos.
Aos quinze anos, Hauser foi solto por uma pessoa não identificada, em uma praça pública de Nuremberg, em 26 de maio de 1828. Com ele, foram encontrados apenas uma carta explicando sua vida, um livro de orações e um cavalo de madeira. Como foi alimentado basicamente de pão e água durante o tempo em que esteve preso, o organismo do jovem adquiriu intolerância a ingerir qualquer outro alimento ou bebida.
Com o tempo o rapaz deixou de ser um ‘selvagem’ – assim era conhecido, pois agia como tal, e passou a falar, escrever e agia de forma social; inclusive era conhecido como “filho da Europa” – devido sua popularidade. Apesar disso, ele nunca se lembrou do seu passo, não se sabe ao certo porque havia sido aprisionado quando criança e solto quando jovem.
Kaspar Hauser, foi assassinado com uma facada no peito, em Dezembro de 1833, nos jardins do palácio de Ansbach. As motivações e autoria do crime jamais foram esclarecidas; mas, acredita-se que a morte foi encomendada por uma universidade da época e que seu corpo foi estudado por psicanalistas e psiquiatras.
O filme alemão ‘O Enigma de Kaspar Hauser’, dirigido pelo premiado diretor Werner Herzog, fala sobre a dramática história desse garoto.

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