segunda-feira, 9 de março de 2015

Destino Manifesto

Destino Manifesto é o pensamento que expressa a crença de que o povo dos Estados Unidos é eleito por Deus para civilizar a América, e por isso o expansionismo americano é apenas o cumprimento da vontade Divina. Os defensores do Destino Manifesto acreditavam que os povos da América não poderiam ser colonizados por países europeus, mas deveriam governar a si próprios.
"Be strong while having slaves", frase de propaganda política do século XIX que usava sua cultura para que pessoas de outros países achassem que os Estados Unidos eram o melhor país do mundo, virando essas pessoas até contra seus países de origem.
O Destino Manifesto se tornou um termo histórico padrão, frequentemente usado como um sinônimo para a expansão territorial dos Estados Unidos pelo Norte da América e pelo Oceano Pacífico 1
As doutrinas do Destino Manifesto foram usadas explicitamente pelo governo e pela mídianorte-americana durante a década de 1840, até a compra de Gadsden (sendo também inclusa a compra do Alasca por alguns historiadores), como justificativa do expansionismo norte-americano na América do Norte. O uso formal destas doutrinas deixou de ser utilizado oficialmente desde a década de 1850 até o final da década de 1880, quando foi então revivido, e passou a ser usado novamente por políticos norte-americanos como uma justificativa para o expansionismo norte-americano fora da América. Após isto, o uso da ideologia do Destino Manifesto deixou de ser empregado explicitamente pela mídia e por políticos em geral, embora alguns especialistas acreditem que certas doutrinas do Destino Manifesto tenham, desde então, influenciado muito as ideologias e as doutrinas imperialistas norte-americanas até os dias atuais 1 .
O presidente James Buchanan, no discurso de sua posse em 1857 deixou bem claro a determinação do domínio norte-americano:
Da mesma forma, o candidato à presidência daquele país, Mitt Romney, que afirma-se mais um homem de negócios do um estadista, no discurso de abertura de sua campanha, em 2012, disse: "Deus não criou este país para que fosse uma nação de seguidores. Os Estados Unidos não estão destinados a ser apenas um dos vários poderes globais em equilíbrio. Os Estados Unidos devem conduzir o mundo ou outros o farão."


A frase foi criada pelo jornalista Nova Iorquino John L. O'Sullivan em sua revista Democratic Review. Em um ensaio intitulado "Anexation" no qual exigia dos EUA a admitir a República do Texas na União.
O'Sullivan escreveu:
"Nosso destino manifesto atribuído pela Providência Divina para cobrir o continente para o livre desenvolvimento de nossa raça que se multiplica aos milhões anualmente."
Texas se tornou um estado estadunidense logo após, mas a frase de O'Sullivan utilizada pela primeira vez atraiu pouca atenção.
Na segunda vez em que utilizou a citação, numa coluna do New York Morning News de 27 de Fevereiro de 1845, O'Sullivan tratava sobre o avanço das disputas de fronteiras com a Grã-Bretanha, onde afirmou que os Estados Unidos tinham o direito de reivindicar "o Oregon inteiro":
And that claim is by the right of our manifest destiny to overspread and to possess the whole of the continent which Providence has given us for the development of the great experiment of liberty and federated self-government entrusted to us. [E esta reivindicação é parte de nosso "destino manifesto" de avançar e possuir todo o continente que a Providência nos concedeu pelo desenvolvimento da grande experiência a nós confiada da liberdade e do auto-governo federalista.]
Isto é, O'Sullivan acreditava que Deus ("a Divina Providência") tinha dado aos Estados Unidos a missão de expandir a democracia republicana ("the great experiment of liberty" - "O grande experimento de liberdade") por toda América do Norte.
Devido a Grã-Bretanha não utilizar Oregon com propósitos de expansão da democracia, acreditava o jornalista, a reivindicação do território pelos britânicos poderia ser desconsiderada.
O'Sullivan acreditava que o Destino Manifesto era um ideal moral (uma "lei superior") que se sobrepunha a outras considerações, incluindo leis e acordos internacionais.
No início de sua história, os Estados Unidos eram formados pelas Treze Colônias. Ao se libertar da Inglaterra, houve a necessidade da expansão para o Sul e para o Oeste. O comércio e a indústria estavam crescendo rapidamente, havendo portanto a necessidade de aumentar os seus limites de atuação.
Ao passar do tempo, iniciou um sentido maior de patriotismo no povo das treze colônias. O avanço pelo continente gerou muitas batalhas contra os índios americanos. Nestas batalhas, foram exterminadas muitas nações indígenas que viviam há milhares de anos naquelas terras. Cada vez que havia uma vitória contra o inimigo, firmava-se um sentimento de superioridade sobre os outros povos. Realimentando o sentimento expansionista .
Nesse contexto, pode-se citar Benjamin Franklin quando dizia: "Se faz parte dos desígnios da Providência extirpar esses selvagens para abrir espaço aos cultivadores da terra, parece-me oportuno que o rum seja o instrumento apropriado. Ele já aniquilou todas as tribos que antes habitavam a costa".
Creio que todo o miolo das doutrinas racistas e xenófobas advém deste ideal megalómano dos Americanos.
Não sendo a sua superioridade racial, intelectual e espiritual um facto, o que é certo, é que, através de um capitalismo manipulado, tem demonstrado que são superiores ao resto do mundo, ou pelo menos, ninguém os alerta para o contrario.

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