segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Titanic a tragédia inventada

A  história não avança, apenas circula de forma a repetir-se!
Alguns escolhidos conseguem ver os tempos e antecipar as suas repetições...

Momentos marcantes são apenas sequelas, réplicas que ecoam pelos anais da eternidade.

 Quando, em 1898, o escritor norte-americano Morgan Robertson concluiu o pequeno romance "The Wreck of Titan on futility", ninguem poderia imaginar que o autor  estaria a inspirar a maior tragédia náutica de todos os tempos:
                                          O naufrágio do Titanic. 

Quando pensamos em eventos que ocorreram na história durante os últimos 100 ou 200 anos, percebemos certos acontecimentos que se destacam como os de grande horror, grande surpresa e grande tristeza. Dos muitos que vêm à mente os mais devastadores são sem duvida, os atentados terroristas do World Trade Center em Nova York, e o naufrágio do Titanic.

O RMS Titanic foi um navio transatlântico da Classe Olympic operado pela White Star Line e construído nos estaleiros da Harland and Wolff em Belfast, na Irlanda do Norte.
Segundo a historia oficial, na noite de 14 de abril de 1912, durante sua viagem inaugural, entre Southampton, na Inglaterra, e Nova York, nos Estados Unidos, chocou com um iceberg no Oceano Atlântico e afundou duas horas e quarenta minutos depois, na madrugada do dia 15 de abril. Na noite do naufrágio os vigilhas do mastro não dispunham de binóculos, um detalhe que poderia ter evitado o naufrágio, se eles tivessem visto o iceberg antes.

Com 2223 pessoas a bordo, o naufrágio resultou na morte de 1517 pessoas, hierarquizando-o como a maior catástrofe marítima já registrada (em tempos de paz). O Titanic provinha de algumas das mais avançadas tecnologias disponíveis da época e foi popularmente referenciado como "inafundável", na verdade, um folheto publicitário de 1910, da White Star Line, sobre o Titanic, alegava que "Nem Deus o poderia afundar!". Foi um grande choque para muitos o fato de que, apesar da tecnologia avançada e experiente tripulação, o Titanic não só tenha afundado como causado grande perda de vidas humanas.

O naufrágio do navio causou enorme comoção na época e chocou a opinião pública. Nos anos seguintes, vários países adotaram leis para tornar as viagens marítimas mais seguras. Novos regulamentos para comunicação entre embarcações, quantidades mínimas de botes salva-vidas e outras medidas de segurança foram adotadas, algumas que persistem até os dias atuais. O legado mais importante neste quesito foi a assinatura, em 1914, da Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar no qual várias nações estabeleceram protocolos unificados de segurança e resposta a acidentes em alto-mar.

Até aqui tudo encaixa, tudo faz parte de uma tragédia romantica que já conheciamos...
Mas...
Esta tragédia havia sido anunciada, com 14 anos de antecedência,  com riqueza de detalhes, por Morgan Robertson.
                                      
Em seu romance, Robertson narra a saga de um magnífico navio, também considerado “ insubmergível”, que enfrentou o naufrágio, após um choque com um imenso iceberg.
Assim como o Titanic, o transatlântico concebido e imaginado por Robertson socumbiu na sua primeira viagem, no mesmo mês de abril, a quando da sua travessia do Atlântico Norte.
As incríveis coincidências entre a ficção e a realidade começam pelo nome das embarcações: no romance, o transatlântico chama-se, incrivelmente:  - TITAN -.
Os nomes dos capitães são o mesmo:   - SMITH -.
As circunstâncias em que se deram os acontecimentos são de uma similitude impressionante.
Tanto no romance quanto na vida real, um imenso navio de passageiros – uma cidade flutuante –, em plena travessia oceânica, choca com um iceberg, não muito distante do local de partida, tendo o flanco rasgado.
Rumavam quase à mesma velocidade. Em ambos, e devido a afamada segurança da embarcação, não havia barcos salva-vidas suficientes para prover o socorro de passageiros: o Titan era guarnecido por 24 botes; o Titanic, por 20.
Como resultado, a maior parte dos passageiros encontrou a morte nas águas gélidas do Atlântico, e em ambos os casos, convictos da segurança de suas embarcações, os capitães decidiram não se aproximar de outro navio, que navegava nas proximidades, pouco antes da fatal colisão; outra fosse a escolha, e as perdas de vidas humanas seriam minimizadas.
Mas o que verdadeiramente se esconde por detrás desta historia?

O RMS Olympic foi um navio transatlântico inglês em serviço entre os anos 1911 e 1935. Media 269 metros de comprimento, 28 metros de largura e 56 metros de altura. Tinha capacidade para aproximadamente 700 pessoas em primeira classe, 800 em segunda classe, 950 em terceira classe e 899 pessoas de tripulação. Na sua capacidade total conseguia acomodar 3349 pessoas. Pertencia à mesma classe do RMS Titanic.
Este navio era irmão gemeo do Titanic.


O navio irmão do Titanic tinha sofrido danos durante uma de suas viagens e foi dito que o navio estava completamente inutilizado, após colidir com o cruzador HMS Hawke, em setembro de 1911.
Como o Olympic não possuía seguro, a empresa elaborou uma das maiores fraudes maritimas jamais executadas. A ideia era trocar as identificações dos dois navios, enviar o Olympic na estréia do Titanic, afundá-lo, resgatar passageiros e tripulantes e receber a indenização contratada para o Titanic. Depois do plano concluído, o verdadeiro Titanic seguiria carreira como Olympic.

Uma das evidências do plano, foi o fato de o milionário J.P. Morgan, um dos donos da Star Line, ter desistido de embarcar no Titanic em cima da hora. Outro indício seria que nenhuma obra de arte da empresa foi embarcada no luxuoso transatlântico. O capitão recebeu dinheiro para jogar o navio contra um iceberg. Mas o plano fracassou porque o acidente aconteceu um dia antes do esperado.
O Titanic bateu contra um dos navios enviados pela Star Line para o resgate: o navio estava com as luzes apagadas para não levantar suspeitas e não foi visto pela tripulação do Titanic.
Além disso, outra trapalhada teria causado a morte de tantos passageiros: como haveria o resgate, o Titanic levava muitos botes e coletes salva-vidas a menos do que o necessário.
Após este erro enorme de calculo a empresa baseou sua histório no, pouco conhecido então, romance de Robertson. Como boa obra de ficção, tornou-se credivel na realidade.

Neste caso a historia não se repetiu, apenas serviu de inspiração para inventar outra... bem mais terrivel!

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